
Há alguns dias, os sacerdotes da Igreja do Sagrado Coração de Morapai (Índia) descobriram que uma imagem da Virgem Maria e outra de Santa Teresa de Calcutá foram destruídas por desconhecidos.
Às 6h00 (hora local) do sábado, 28 de novembro, o pároco da igreja, Don Soosaiappan, e o vigário, Pe. Gautam Naskar, encontraram destruídas as imagens que estavam em duas grutas fora da igreja, localizada no estado de Bengala Ocidental. Os sacerdotes contataram imediatamente o chefe da polícia local para realizar as respectivas investigações.
O Bispo de Baruipur, Dom Shyamal Bose, assinalou que “as duas imagens foram reduzidas a escombros”. E acrescentou que “as autoridades nos garantiram que capturarão os perpetradores o mais rápido possível e substituirão imediatamente todas as imagens”.
Em um relatório publicado em 29 de julho, o grupo ecumênico Persecution Relief observou que foram documentados 293 crimes de ódio contra cristãos entre janeiro e junho de 2020, incluindo seis casos de assassinato e cinco casos de estupro.
“Em comparação com os 208 incidentes no ano passado, este ano viu um aumento surpreendente de 40,87%, apesar da quarentena nacional total que foi imposta por quase três meses”, indicou.
Segundo detalha a organização beneficente Open Doors, a Índia é classificada como o 10º país com mais perseguições contra os cristãos em todo o mundo. A organização assinalou que a perseguição religiosa aumentou desde que o partido nacionalista hindu Bharatiya Janata ganhou o poder em 2014, com milhares de incidentes a cada ano. Além disso, acusou o partido governante de permitir que extremistas ataquem os cristãos com impunidade.
Em abril, a Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional solicitou ao Departamento de Estado que colocasse a Índia em uma lista de “países de preocupação especial” por ataques a minorias religiosas.
Fonte: ACI Prensa/Natalia Zimbrão