Até quando a ONU globalista e seus integrantes fingirão que o Irã é “amiguinho” da humanidade e vai respeitar alguma regra? Crédito: NRO

O Irã admitiu uma nova quebra do acordo nuclear de 2015 ao operar centrífugas avançadas de enriquecimento de urânio instaladas na usina subterrânea de Natanz. A constatação havia sido feita por inspetores internacionais e foi confirmada pelo embaixador iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de controle da ONU.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, considerou um ataque a Natanz, sul de Teerã, principal usina de enriquecimento de urânio do país, mas foi dissuadido por seu comando militar. No entanto, a descoberta pode ser vista como uma ameaça aos interesses de EUA e Israel, inimigo declarado do Irã.

O presidente americano [caso não seja comprovada a fraude eleitoral que supostamente elegeu Joe Biden] deixa o cargo em 20 de janeiro e o democrata Biden já indicou que está disposto a retomar o acordo nuclear, alcançado durante o governo de Barack Obama – de quem Biden era vice. Trump abandonou unilateralmente o pacto em 2018.

Segundo os termos do acordo, o Irã só poderia enriquecer urânio com máquinas IR-1, de primeira geração, que são as únicas com permissão para operar na usina subterrânea. No entanto, o relatório da AIEA revelou que Teerã começou a alimentar máquinas IR-2m avançadas com gás hexafluoreto de urânio (UF6) – composto usado no processo de separação isotópica de urânio que produz combustível para reatores e armas nucleares.

De acordo com relatório da AIEA, com data do dia 2, antes da eleição americana, o Irã tinha 174 centrífugas IR-2m instaladas no subsolo da usina de enriquecimento de combustível em Natanz. Já no relatório do dia 14, a agência da ONU informou que as centrífugas já estavam sendo alimentadas com UF6 e operando em cascata.

O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, ouve o “discurso” do chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali-Akbar Salehi, na Conferência Geral de Viena, Áustria, em 21 de setembro. Crédito: Reuters

Rafael Grossi, diretor da AIEA, disse que o Irã havia informado à agência que pretendia transferir centrífugas de uma usina de superfície, em Natanz, para a instalação subterrânea. Isso ocorreu depois de uma explosão na instalação de centrifugação, que Teerã qualificou de ato de sabotagem. A explosão foi atribuída a um incêndio, mas não ficou claro se Israel esteve envolvido.

O Irã está usando apenas 174 das mais de mil centrífugas IR-2ms que possui. O acordo permite que o país use cerca de 6 mil centrífugas IR-1s, uma versão mais antiga que leva mais tempo para fazer enriquecer o material. Se Teerã mantiver baixo o número de IR-2ms em uso, e mesmo que em algum momento instale outras centrífugas mais avançadas, poderia argumentar que está simplesmente tentando restaurar o que tinha na usina de superfície antes da explosão.

De acordo com Grossi, apesar de o uso das centrífugas ser uma violação do acordo de 2015, ele não levará a uma maior produção geral de urânio enriquecido. O Irã ultrapassou em muito os limites do acordo, observou.

De acordo com um documento confidencial distribuído aos países-membros da AIEA, e visto pela Associated Press na semana passada, o Irã tinha no dia 2 um estoque de 2.442,9 kg de urânio pouco enriquecido – acima dos 2.105,4 quilos relatados em 25 de agosto.

O acordo nuclear assinado por EUA, Alemanha, França, Reino Unido, China e Rússia – para impedir Teerã de construir uma arma nuclear, algo que o país insiste que não tem a intenção de fazer – permite que o Irã mantenha apenas um estoque de 202,8 quilos.

O Irã também continua a enriquecer urânio com uma pureza até 4,5%, maior do que os 3,67% permitidos no acordo, segundo a AIEA. Na semana passada, a agência da ONU também considerou insatisfatórias as explicações sobre como e por que certas partículas nucleares relacionadas ao programa foram encontradas por inspetores em locais onde não deveriam estar presentes.

O avanço nuclear iraniano preocupa Israel, principalmente em razão dos sinais de que Biden, se eleito oficialmente, pode voltar a negociar com o Irã. Na terça-feira (17), o jornal israelense Haaretz publicou reportagem afirmando que o assassinato de Abu Mohamed al-Masri, número 2 da Al-Qaeda, em Teerã, foi um recado ao futuro presidente democrata (Biden).

Masri foi morto a tiros na capital iraniana em agosto, mas a notícia foi revelada apenas em novembro, uma semana após a vitória de Biden. O objetivo, segundo fontes militares de Israel, citadas pelo Haaretz, seria mostrar ao futuro governo americano que o Irã segue um reduto de terroristas altamente perigosos.

Fonte: A Crítica/Estado de Minas/Jornal do Comérico/Agências Internacionais

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