
O exército da Etiópia acusou nesta quinta-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, de apoiar e tentar obter armas e apoio diplomático para rebeldes na região de Tigray, no norte do país.
“Este homem é um membro desse grupo e tem feito tudo para apoiá-los”, afirmou o chefe do Estado-Maior do Exército, general Birhanu Jula, em um comunicado transmitido pela televisão.
A acusação ocorre em meio a uma ofensiva militar do governo etíope na região de Tigray, onde o partido Frente Pela Libertação do Povo Tigray (FLPT) luta contra as tropas do governo.
Tedros Adhanom é etíope, nasceu em Tigray e foi ministro da Saúde do país (entre 2005 e 2012) e ministro das Relações Exteriores (entre 2012 e 2016) em uma coalizão governamental liderada pelo partido. Os líderes da FLPT dizem que são perseguidos pelo primeiro-ministro do país, Abiy Ahmed, e foram expulsos do governo do país.
Ahmed recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2019.
Abiy Ahmed deu um ultimato militar aos adversários. O primeiro-ministro afirmou na terça-feira (17) que o “ato final da aplicação da lei” acontecerá nos próximos dias.
Fonte: G1/TerraBrasilNotícias
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