
Alvo de sanções do governo Trump e do resto do mundo, o ditador comunosocialista da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ajuda na sexta-feira passada (06) ao presidente chinês, Xi Jinping. O chavista convidou empresários chineses a investirem na indústria petrolífera do país, aproveitando uma lei recém-aprovada que visa visa driblar as sanções impostas pelos Estados Unidos.
“Peço a ajuda de Xi Jinping, peço a ajuda da China, com sua experiência científica, tecnológica, econômica, e peço que a lei antibloqueio seja a expressão de novas parcerias e da recuperação definitiva da Venezuela”, disse Maduro durante evento com investidores chineses.
O narcoditador disse que seu governo está “aberto” a ampliar os negócios “em todos os níveis da indústria energética venezuelana” com a China, um de seus aliados vitais, ao lado da Rússia, Turquia e Irã.
A produção de petróleo no país sofre a pior queda em sete décadas, o que especialistas atribuem à má gestão e à corrupção. O declínio da produção se soma, ainda, à diminuição da demanda devido à pandemia e a sanções que recaem sobre a petroleira estatal PDVSA.
Aceno a Biden
Após a projeção da vitória de Joe Biden nos Estados Unidos pela mídia, Maduro aproveitou para fazer um aceno ao democrata. “A Venezuela, Pátria do Libertador Simón Bolívar, estará sempre pronta para o diálogo e o entendimento com o povo e o governo dos Estados Unidos”, disse.
“colada no rabo”
Já nesta quinta-feira (12), Nicolás Maduro rejeitou a extensão das sanções da União Europeia (UE) contra a Venezuela. “A União Europeia ficou colada no rabo de Donald Trump, e de uma forma cruel e malsucedida continua em sua política de sanções”, disse durante um ato por ocasião da inauguração da Feira Internacional do Livro da Venezuela (Filven) 2020. Também afirmou que o bloco europeu desempenha um “papel vergonhoso, ultrajante e triste contra o povo venezuelano”.
O Conselho Europeu anunciou a prorrogação até novembro de 2021 das sanções contra o país sul-americano “em decorrência da persistência da crise política, econômica, social e humanitária”.
As sanções incluem um embargo à venda de armas e equipamentos para repressão e o congelamento de eventuais bens de 36 funcionários venezuelanos que a UE considera responsáveis por violações dos direitos humanos ou “ataques à democracia e ao Estado de Direito”.
Conforme especificado pelo Conselho, “as medidas destinam-se a contribuir para a promoção de soluções democráticas, de forma a alcançar a estabilidade política do país e permitir-lhe responder às necessidades prementes da população”.
Os 36 funcionários sancionados também estão proibidos de entrar no território europeu.
Fonte: Afonso Marangoni/Revista Oeste/TRT