
Foi em busca de uma “outra ordem mundial” que o Partido dos Trabalhadores (PT) participou do Fórum Interpartidário Internacional da Organização para Cooperação de Xangai [Shanghai Cooperation Organization, SCO], que aconteceu nos dias 22 e 23 de outubro deste ano. O encontro, sediado na Rússia, foi organizado pela instituição criada em 2001 através de uma parceria entre o Partido Comunista Chinês (PCC), o Governo Russo e outros quatro países que integravam a União Soviética: Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão.
Apesar da nula cobertura por parte da imprensa em geral [esquerdista por natureza e, quando conveniente, cega, surda e muda], a legenda publicou uma nota em seu site, sobre o evento, afirmando que o PT foi representado, virtualmente, pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Na declaração que fez, representando o partido, Costa afirmou que a legenda comungava da estratégia da entidade de criar “uma outra ordem mundial”.
“Comungamos da estratégia para a criação de uma outra ordem mundial, com um mundo multilateral, sem a predominância de nenhuma nação sobre as outras e contra as intervenções estrangeiras na vida social e política de cada nação. Defendemos uma economia voltada ao desenvolvimento das pessoas (o tema desta conferência) e a sustentabilidade ambiental”, declarou.
A saudação ainda apontou que o PT estaria se associando aos países por “uma nova configuração internacional” e declarou ser “fundamental que os defensores do projeto de justiça social” trabalhassem juntos.
“O Partido dos Trabalhadores então se associa aos seus países que constroem uma nova configuração internacional, e mais do que nunca é fundamental que os defensores de um projeto de justiça social e inclusiva estejam trabalhando juntos. Vida longa ao Fórum Interpartidário Internacional da Shangai Cooperation Organization (‘SCO+’)”, finalizou a nota.
O presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, também participou do mesmo evento, divulgado no site do partido como uma “entidade que reúne representações de países da Ásia e Europa, e ao bloco dos BRICS”. Sem apontar os reais integrantes, menciona que “associações empresariais e partidos políticos de diferentes países tiveram representação nos debates, voltados ao enfrentamento da pandemia do coronavírus, à cooperação econômica, desenvolvimento tecnológico e economia digital e relações culturais entre os países”.
A ocorrência não despertou interesse no Brasil “à esquerda”. Qualquer análise, principalmente sobre quais seriam as reverberações internas na cúpula do Foro de São Paulo e as consequências para a América Latina, então, nem pensar! Quando é conveniente, a mídia se finge de cega, surda e muda…
Fonte: Pleno News/RevistaOeste/Jovem Pan
Veja os comentários dos jornalistas do programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan:
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