
Parece ser hobby de alguns brasileiros maldizer o Brasil mundo afora. Esses são ou mal-intencionados ou mal-informados e prestam enorme desserviço ao próprio país, ajudando os interesses de grandes potências mundiais, que estão por trás de campanhas de difamação contra a nação.
“O mundo tem um índice de 24% de energia renovável, o Brasil tem esse índice hoje em 82%”, afirmou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, durante audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as matrizes elétricas renováveis representam, no Brasil, mais de 84% da energia elétrica produzida internamente e utilizada no país.

Ocorre que após os choques do petróleo, na década de 1970, o Brasil se concentrou no desenvolvimento de fontes alternativas de energia, principalmente o etanol. As grandes fazendas de cana-de-açúcar contribuíram muito nesse processo. Em 1985, por exemplo, cerca de 91% dos carros produzidos funcionavam com etanol de cana. O país mantém esse índice.
Em entrevista à Jovem Pan, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, confirmou que “o Brasil responde por menos de 3% das emissões [globais de gases do efeito estufa] do planeta, já a Europa, dita toda ecológica, é cerca de 50%; Se somar EUA, Europa, China e Índia dá quase 75% e querem colocar em cima de nós a responsabilidade pelas questões climáticas”.
Em 2009, o país realizou o seu primeiro leilão de energia eólica, para diversificar sua matriz elétrica, com potencial técnico de 300 gigawatts. Além disso, o Brasil dispõe da hidroeletricidade para mais de 3/4 de sua matriz.
“Carro elétrico europeu não é sustentável, o nosso etanol híbrido flex que é sustentável, o deles tem a bateria de lithium que não pode ser reciclada e para se abastecer de eletricidade se utiliza uma estação que queima carvão ou gás”, disse Salles na ocasião.
Em ordem decrescente de capacidade instalada, as fontes renováveis mais utilizadas em usinas no Brasil são:
Hídrica – 104,34 GW
Biomassa – 14,76 GW
Eólica – 14,73 GW
Solar – 2,05 GW
Ondomotriz – 0,05 MW
Em segundo lugar está a geração por termelétricas movidas a biomassa. Em 2016, o país possuía 517 dessas usinas, segundo estudo da EPE. A maioria dessas utiliza o bagaço da cana-de-açúcar como combustível. Outras matérias-primas para combustão são: lixívia, resíduos florestais e carvão vegetal.
Liderando as novas tecnologias, a energia eólica vem em terceiro lugar, e registrou enorme crescimento nos últimos anos, especialmente na região Nordeste, que apresenta os melhores ventos do Brasil. São, atualmente, mais de 600 parques eólicos instalados em todo o país.
Por último está a geração pela força das ondas, Ondomotriz, que provém do aproveitamento das ondas oceânicas. Esta possui participação ínfima na matriz elétrica, mas tem grande potencial. Teoricamente, a costa brasileira poderia gerar até 14 GW de energia.
“O problema climático do planeta não é culpa brasileira, nós é que estamos sofrendo a consequência dos países desenvolvidos, notadamente a Europa, que graças à revolução industrial queimou as suas florestas e queimou combustível fóssil nos últimos 200 anos”, acrescentou o ministro do Meio Ambiente.
Seria mais coerente os brasileiros propagarem mundo afora que o Brasil é O PAÍS QUE MAIS SE PREOCUPA COM O MEIO AMBIENTE do mundo. Afinal, os números falam por si só.
Fonte: Julliene Salviano/Conexão Política
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