
A decisão de Bergoglio surge numa altura em que os Estados Unidos criticam a abordagem do Vaticano à China. Francisco, que já recebeu Pompeo em outubro do ano passado, não recebe personalidades políticas durante as campanhas políticas, para evitar qualquer tipo de instrumentalização.
No entanto, o candidato presidencial norte-americano Joe Biden vai reunir-se com o secretário de Estado e número dois do Vaticano, Pietro Parolin, e com o secretário para as Relações com os Estados, Paul Gallagher.
Durante sua visita à Itália, que decorre de 29 a 30 deste mês, Pompeo falará na embaixada dos Estados Unidos durante o simpósio organizado pela Santa Sé sobre o avanço e a defesa da liberdade religiosa por meio da diplomacia. O secretário de Estado abordará também um dos temas mais espinhosos que provocaram um distanciamento nas relações entre os Estados Unidos e o Vaticano: a aproximação da Igreja com a China.
Há poucos dias, Pompeo utilizou um artigo da revista First Things pedindo ao Papa para não renovar o acordo com Pequim. O artigo foi publicado nas vésperas do fim do acordo e agora o Vaticano e a China têm um mês para fazer uma renovação do compromisso por dois anos.
No artigo, Pompeo questiona o acordo e diz que o Vaticano deveria denunciá-lo. “O que a igreja prega para o mundo sobre liberdade religiosa e solidariedade deveria ser persistentemente transmitido ao Partido Comunista Chinês”.
Esta interferência que não tem sido apreciada no Vaticano, segundo alguns meios de comunicação. O acordo entre o Vaticano e a China estabelece as regras para a ordenação de bispos, mas seria um primeiro passo para que possa ser estabelecido um diálogo direto com o Governo chinês com vista a futuras relações diplomáticas, interrompidas nos anos 50 do século passado.
Detalhes sobre tal acordo, ninguém sabe. Sigiloso, enigmático e, no mínimo, questionável. Na China é mais do que sabido que religião alguma é permitida – a não ser que esteja totalmente submissa e controlada pelo Partido Comunista Chinês. Incompreensível a aproximação do Papa Bergóglio com o regime brutal, dominador e comprovadamente um dos maiores matadores de cristãos do planeta.
Para complicar ainda mais, jornalistas especialistas em Vaticano dizem que o confinamento (da pandemia) parece ter mexido com o Santo Padre e alguns inclusive escrevem que este seria o início do fim do pontificado, que estaria entrando num período de declínio e incertezas. O pontífice tem deixado muitos fiéis ao redor do mundo apreensivos e preocupados com sua apatia na defesa dos próprios cristãos e da Igreja, em prol do globalismo, do governo mundial e da troca do Deus Universal por “Gaia”.