
Acreditei piamente, desde a queda do Muro de Berlim e a dissolução dos países da Cortina de Ferro durante o início dos anos 90, que o Comunismo havia sido extinto – era exatamente isso que professores, livros, intelectuais, pessoas influentes nas artes, música, cinema e a mídia nos diziam, cotidiana e sistematicamente. Meus pais, não. Eles me alertavam para os perigos e armadilhas do comunismo, mas quem iria ouvir os “velhos” naquela época? O mundo, segundo essa gente influente e ‘moderna’, tinha mudado completamente e agora o “socio-progressismo” realmente ia, quando chegasse ao comando, acabar com as diferenças de classes sociais, alimentar os famintos, distribuir renda e justiça. Tudo bancado pelo Estado (Governo Federal), através, é claro, dos contribuintes, que agora pagariam seus impostos com prazer e entusiasmo, sabendo que a sociedade estaria sendo cuidada, assistida como nunca antes.
Finalmente, chegaram ao poder. Uma gente “santa”, que parecia ter sido enviada pelo próprio Deus para nos orientar ao futuro e ao tão almejado século XXI. “Ditadura nunca mais!”, esbravejavam. “Justiça social já!” Os americanos eram inimigos do mundo, os indígenas eram os únicos e verdadeiros donos do Brasil e cada um de nós era responsável por uma tal dívida histórica com os afrodescendentes. Ninguém compreendia verdadeiramente o que queriam dizer com isso, mas como eram os sábios, os governantes sapientes e onipresentes, engolíamos mortadela na plena convicção que se tratava de peru defumado. Principalmente com a TV e os jornais avalizando e certificando a onisciência daquela cartilha esquerdista, a nova Bíblia.
E falando em Bíblia: de repente, o cristianismo não era mais o Norte do mundo. Na verdade, as escolas públicas estimulavam o contrário aos alunos. Não era mais necessário seguir a religião dos seus pais, da sua família. Bastava dizer que respeitava todas, enquanto se esquecia da sua própria e, claro, não sabia absolutamente nada de outras. A ciência também afastava cada vez mais os estudantes da divindade em prol do conhecimento científico, que logo de cara lhes jogava um balde de água fria: “Ciência e religião não se misturam”. “Deus não é mais Deus. A ciência é Deus”.
Anos foram se passando e tudo piorando. A mente dos jovens transformada num furacão de ideias vagas, uma sabedoria postiça na qual se tinha que saber um pouco de tudo, resumindo-se em coisa alguma. Ah, mas Paulo Freire, marxismo… esta dupla não podia faltar em lugar nenhum e todos os “ensinamentos” que os circundavam. Se até Frei Beto os abençoava e cultuava, como alguém em sã consciência poderia deixar de desejá-los – e seus conhecimentos incalculáveis – em suas vidas? Você não precisava ter religião já que respeitava todas e assim não era preciso conhecer nenhuma, mas Frei Beto, Paulo Freire e Carl Marx eram o oráculo completo.
O tempo é o senhor da verdade
O Conservadorismo era amaldiçoado, exorcizado, defenestrado. No Leviatã ‘Comunosocioprogressista Neoliberal’, se alguém tocasse no assunto era automaticamente transformado em chacota, pária da “sociedade”. Como bom combatente (sendo esquerdista à apoca), resolvi estudar este inimigo tão maldito. “O que será que este tal Conservadorismo fez de tão diabólico, afinal? Vou descobrir. Se for algo tão maquiavélico quanto dizem, simplesmente paro e finjo que nunca folheei suas páginas”.
Logo nos primeiros livros (bem difíceis de encontrar, por sinal) levei um choque, o maior que uma pessoa pode ter na vida, porque constatei que justamente ali, no Conservadorismo, estavam pessoas de respeito, de caráter, íntegras, verdadeiras, patriotas, que não traem nem corrompem seus princípios… ou seja, tudo aquilo que eu seguia, acreditava, imaginava saber, foi jogado precipício abaixo. Me senti um OTÁRIO, um TROUXA, um PALHAÇO, tinha sido adestrado, doutrinado, ludibriado, enganado, traído durante DÉCADAS! Meu cérebro havia sido estuprado enquanto achava que estava sendo educado. E a população totalmente alheia, inocentemente, involuntariamente.
Depois de algumas dezenas de livros antológicos, clássicos, autores centenários, história política antiga, média e contemporânea, não há mais dúvida alguma de onde está a raiz de todo mal. Quem segue o esquerdismo/socialismo, ou não faz nem ideia do que é, ou trata-se de um canalha! Não há meio-termo. Nunca me perdoarei por isso, porque o que fizeram foi exatamente ao contrário do que pregavam! Que vergonha, que remorso de ter caído na conversa do MAL. Gerações passadas, nossa geração e a atual foram criadas e educadas para agir como um microrganismo na lâmina de um microscópio, que não imagina (ou simplesmente não acredita) que existe um observador do outro lado da lente.
NUNCA MAIS confiaria num partido minimamente esquerdista, nos pares e pares dos pares de uma agenda globalista genocida que combate os pobres – e não a pobreza -, combate a classe média, que promove a dissolução das propriedades e das famílias – ao invés de protegê-las antes de mais nada -, que defende o aborto, o incesto, a pedofilia e o extermínio dos lares. Que promove a discriminação e o ódio entre tudo e todos (ao invés de combatê-los), promove e louva a marginalidade, o vil, o mal, a hecatombe humana!

Uma pessoa sem família (ou amigos), não tem mais porquê se preocupar com o futuro, não há mais porquê se defender ou defender a terceiros. Um futuro sem “porquês” deixa o caminho ainda mais aberto para o “socialismo” nos transformar em seres andrógenos e obedientes ao “partido”. Nada mais importará, somente o “Partido”, a causa. Isso tudo em nome de uma única coisinha: PODER ABSOLUTO. Ser Deus na Terra. Um sistema que matou aproximadamente umas 200 MILHÕES de pessoas, em poucas décadas e EM TEMPOS DE PAZ… nunca foi, não é e nunca vai ser desapegado ao MAL ABSOLUTO. Nem a pau!
Hoje em dia, depois de muita leitura, reflexão e compreensão de conteúdos, ao FINALMENTE perceber a origem dessas boçalidades assassinas e demoníacas, me envergonho, me arrependo e me classifico como um IMBECIL, IDIOTA de ter, mesmo que por um momento, acreditado nessas verborragias macabras e esquartejadoras de famílias!
A esquerda quase cumpriu sua agenda total, desde o final dos anos 50: quando percebeu que somente através da luta armada não seria possível parasitar o modelo de Cuba, redirecionou o caixa para a engenharia da desordem e a tática de Antonio Gramsci: “Não tomem quartéis, tomem escolas e universidades; não ataquem blindados, ataquem ideias gerando dúvidas, nunca apresentando certezas e propondo o diálogo permanente; não assaltem bancos, assaltem redações de jornais; não se mostrem violentos, mas pacifistas e vítimas das violências da ‘direita’”. Nossos militares lutaram bravamente e expuseram o comunismo presente no país. Porém, sabemos agora que aquilo era somente a superfície do problema, que saltava aos olhos através de grupos terroristas, enquanto a coisa toda se desenvolvia discretamente na bolha. E aí estamos nós, 2 gerações completamente perdidas – política, social e culturalmente -, estupidificadas, consciências demolidas, degradadas, onde falar a verdade causa espanto, ser culto é um insulto pessoal e a cegueira é absoluta. Mas a culpa deve ser do Bolsonaro, claro! (risos).
Saia da Grande Bolha
Só há uma cura – simples mas “trabalhosa”: choque de realidades, através de muita leitura, muita literatura. LIVROS!!! Leitura e mais leitura. Pelo menos, estudar desde a Revolução Francesa, sobre autores de direita. Descubra o caos planejado por Marx, Gramsci e a Escola de Frankfurt. Ao mesmo tempo, leitura sobre como nosso país, enquanto estava sob o que chamaram de Ditadura – supostamente assassinando, censurando, executando e torturando “revolucionários” -, nos bastidores o cérebro esquerdista agia em silêncio absoluto, fingindo-se de morto, mas penetrando seu marxismo e gramscismo nas escolas, nas universidades, na literatura, nas artes, na cultura, na mídia, nos movimentos sociais, nas “minorias”, na sua e na minha casa. Exatamente para deixar pessoas do bem e nota 10, como você, amigo leitor, totalmente alheio, inocentemente, involuntariamente. É exatamente assim que o socialismo (esquerda) acabou com absolutamente tudo por onde passou. É um vírus que vai se adaptando, mutando e metamorfoseando conforme a necessidade e se espalhando pelo organismo, sem que o hospedeiro sequer tenha noção de que não só ele está contaminado, como também suas futuras gerações.
Todavia, a população despertou e rogamos aos céus que esteja em tempo da grande retomada dos valores apagados de nossas memórias. Acordou de um transe hipnótico de décadas e vai correr atrás dos prejuízos. Só depende de nós e a hora é agora. Mais uma falha não será perdoada.
Dicas de “como ler”: